O Intestino é considerado o “Segundo Cérebro”

O intestino é tão fundamental à vida que possui um sistema nervoso próprio, denominado sistema nervoso entérico (SNE), totalmente especializado para as funções intestinais. O SNE, que começa no esôfago e termina no ânus, possui aproximadamente 100 milhões de neurônios, número próximo à quantidade de neurônios da medula espinhal, e é capaz de controlar o trato gastrointestinal mesmo se as conexões com o sistema nervoso central forem interrompidas. Esses neurônios são capazes de perceber o que há de errado no nível do intestino e se comunicarem entre si, o que pode regular os movimentos peristálticos e provocar uma série de sintomas.

Graças a essa capacidade, o intestino passou a ser considerado um órgão “inteligente” e, por esse motivo, tem sido classificado pelos cientistas como o ‘segundo cérebro’. Especialistas acreditam que importantes enfermidades, como doença de Crohn, retocolite ulcerativa, doença diverticular, diabetes, Parkinson, constipação, diarreia, dispepsia e síndrome do intestino irritável, entre outras, podem estar associadas a alterações neuroquímicas do sistema nervoso entérico, ou seja, há uma grande possibilidade de o intestino estar relacionado a cada uma delas de maneira muito mais importante do que se imaginava.

A Ciência já conseguiu demonstrar, por exemplo, que o intestino serve de barreira entre o exterior e o interior do organismo, e que a integridade dessa barreira é essencial para a imunidade. Aproximadamente 80% das células produtoras de anticorpos estão associadas à mucosa do intestino delgado, cuja área pode variar entre 200m² e 350m². Outros estudos confirmam que, em termos de células – linfócitos, por exemplo –, o sistema imunológico do intestino é o mais importante do organismo.
 
 
Fonte: SAÚDE COM CIÊNCIA
//www.saudecomciencia.com/2016/01/intestino-segundo-cerebro-michael-d-gershon.html

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